Ode ao (coração) Filigraneiro (de Gondomar)

O filigraneiro que, delicadamente, entrelaça 

Os fios da filigrana e a solda 

Dedica-lhe o minucioso amor  

Do artista pela criação que assim não morre. 


Atravessam o tempo unidos por este laço,  

Numa tradição milenar, abraçando o contemporâneo, 

Num eterno namoro rendilhado, 

Que ganha forma nas suas mãos de milagreiro. 


E o seu longo caminho conjunto é coroado  

Pelo maior coração do mundo 

Cujos frutos desfilam luxuosamente 

No corpo da orgulhosa gente. 


Maria José Moura de Castro 

(Trinta por uma linha)


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