O filigraneiro que, delicadamente, entrelaça
Os fios da filigrana e a solda
Dedica-lhe o minucioso amor
Do artista pela criação que assim não morre.
Atravessam o tempo unidos por este laço,
Numa tradição milenar, abraçando o contemporâneo,
Num eterno namoro rendilhado,
Que ganha forma nas suas mãos de milagreiro.
E o seu longo caminho conjunto é coroado
Pelo maior coração do mundo
Cujos frutos desfilam luxuosamente
No corpo da orgulhosa gente.
Maria José Moura de Castro